Dentro da minha visão limitada da realidade não consigo conceber todas as possibilidades de acontecimentos. Coisas aparentemente sem solução ou com uma solução bem complicada têm inúmeras possibilidades de resolução bem simples e eu na maioria das vezes não as consigo ver.
Aquilo que parece bem, aquilo que eu sempre quis e que coloco
como objetivo na minha vida , pode, de entre todas as possibilidades que
existem, não ser o melhor que me pode acontecer.
As possibilidades que eu consigo conceber estão condicionadas a conceitos em relação à vida, a mim mesma e ao mundo que me rodeia.
Se eu apenas me limitasse àquilo que consigo imaginar e conceber
não teria feito 1% daquilo que fiz nestes últimos cinco anos.
Viver e apreciar a vida não se trata de controlar o curso dos acontecimentos nem de ficar apegada a determinados objetivos. Trata-se de fazer o que é preciso no momento que é preciso e de aproveitar aquilo que me vai sendo apresentado.
É preciso pôr ação constantemente; movimentar ideias que surgem, deixar-me guiar por aquilo que estou inspirada a fazer e confiar que aquilo que eu preciso vem até mim, sempre.
A tendência para ficar agarrada a ideias e a conceitos ainda
existe, mas quando me deparo com isso reflito naquilo que a resistência e o controlo
me trouxeram.
Fizeram-me sentir bem? Permitiram-me criar harmonia e uma vida cada vez melhor? A reposta é sempre não e a solução é não perder tempo com aquilo que não me faz bem.
Tudo é possível. Basta sair do meu próprio caminho, confiar no percurso e apreciar todas as bênçãos que me são trazidas de maneiras que nunca poderia conceber.
Quando se vive numa postura indiferente em relação à vida, faz-se as coisas sem pensar; sem tomar consciência daquilo que nos motiva a agir.
Durante muito
tempo foi assim que eu escolhi viver. Fazia por fazer, sem pensar muito bem nos
“porquês” e sem observar aquilo que sentia. Apenas sabia que me sentia mal,
muito mal e que as coisas ficavam cada vez pior.
Hoje, com uma consciência diferente, possível graças ao percurso até aqui percorrido, tenho prestado atenção àquilo que me faz agir.
Não perco tempo
com análises nem julgamentos, ou melhor, treino o limpar a mente e o não
julgar, mas tento sempre ver o que está por detrás das minhas ações.
Fiz muitas coisas
por medo, tentando me enganar dizendo que não era medo. Fiz muitas coisas por
ser suposto, para fazer parte, iludindo-me dizendo que era aquilo que eu queria
realmente.
Não há mal nenhum reparar que faço ou fiz as coisas baseadas numa ilusão; as limitações que eu fui criando foram criando essas ilusões.
O mal é continuar
adormecida e não despertar para a realidade. O mal é não tomar consciência da
minha responsabilidade perante a minha vida e continuar a fazer as coisas
sempre da mesma maneira.
Se eu vivi ilusões fui eu que as alimentei. Muito provavelmente ainda alimento muitas, mas há medida que me vou observando, vou despertando e vou mudando.
A cada segundo que passa eu estou a semear. E semear é criar: tanto estou a criar aquilo que quero ou como aquilo que não quero; depende daquilo em que estou focada.
As coisas que acontecem na minha vida não são aleatórias. Tanto as coisas que me agradam como aquelas que me desagradam são criações minhas.
Para além de eliminar
o conceito de agrado e desagrado que rotula as situações e que termina em
julgamento, tenho também que estar atenta ao percurso da minha vida.
Estou a escrever
este texto com alguma facilidade porque toda a prática destes anos assim o
permite. O primeiro texto que escrevi e publiquei foi uma pequena semente que
foi germinando e que foi dando frutos.
Muitas vezes olho para o que parece, para o que aparentemente está a acontecer e esqueço-me de todo o percurso que tudo aquilo fez para chegar até mim.
Evito ainda, em
algumas situações, passar pelo processo que me traz o crescimento que eu preciso
para que eu possa colher o que semeei.
Mas tudo o que acontece é aquilo que eu preciso e se observar sem julgamento o caminho que tem sido a minha vida, vejo claramente que tudo teve um propósito e que colhi sempre aquilo que criei.
Não colhi quando e como quis; tudo obedeceu a uma ordem “exterior” a mim, mas tudo aconteceu de uma maneira tão perfeita.
Tenho que viver
fluída e plenamente, confiando no fluxo e processo da vida. Posso escolher
sempre criar o mundo que quero. Posso escolher aquilo que vou colher; basta estar atenta àquilo que
estou a semear.
Grata por este dia repleto de plantio e colheitas,
As experiências que fui tendo ao longo da minha vida e a forma como fui lidando com elas fez com que eu criasse conceitos. A forma como eu fui educada, as ideias que me foram passadas pelos meus progenitores também foram a base de muitos conceitos que eu fui criando.
Muitas vezes via
tudo isso como limitações que me tinham sido impostas e responsabilizava os
outros pelos meus comportamentos. Achava que as coisas poderiam ter sido feitas
de forma diferente e que assim tudo seria melhor para mim.
Mas a verdade é
que eu, ao conseguir identificar aspetos que poderiam ser melhorados e a ver
formas diferentes (e melhores) de fazer as coisas, fiquei responsável por mudar
isso na minha vida.
É fácil julgar os outros, que para além de terem feito o melhor que sabiam, desempenharam na perfeição o papel de me permitirem ser quem eu escolhi ser.
Mas na hora de mudar,
na hora de decidir agir de uma forma diferente, eu escolhia fazer sempre da
mesma maneira, usando como desculpa terem feito isso comigo.
Mas onde está a responsabilidade de mudar? Onde está o quebrar de ciclos?
Os meus pais
deram-me a melhor educação que podiam e tentaram sempre melhorar aquilo que
tinham feito com eles.
Eu, que com o
trabalho que os meus pais fizeram, tive uma base que me permitiu ter uma
consciência mais “elevada” ou pelo menos uma visão mais alargada relativamente
a uma forma melhor de viver, só tenho a responsabilidade de mudar e de fazer de
forma ainda melhor, não com base na revolta mas sim com base na aceitação e
gratidão de todo o percurso até aqui percorrido.
Se eu vejo que algo não está bem ou que há uma maneira melhor de fazer as coisas, em vez de perder tempo a julgar quem as fez, ou de me condenar por as ter feito no passado, só tenho que me responsabilizar e pôr ação na mudança.
Já escrevi imensas vezes sobre a minha responsabilidade no mundo que me rodeia e não é novidade que para que o mundo seja um lugar melhor eu tenho que ser alguém melhor.
Eu sou, assim como
todas as pessoas deste planeta, uma personagem da história, da jornada de
evolução da humanidade e como tal desempenho um papel importante nessa mesma
jornada.
Cada vez que eu escolho estar bem, cada vez que eu me foco no meu crescimento, estou a ser um contributo para a criação de bem-estar no mundo.
Mas, cada vez que
escolho estar mal, aí estou a contribuir para criar cada vez mais mal-estar.
Muitas vezes oiço
dizer que não é bem assim; não é bem uma questão de escolha. Oiço falar dos
outros, da situação profissional e familiar como obstáculos para a mudança.
Mas eu sei que é
assim, ou pelo menos que na minha vida as coisas resultaram assim.
Tenho plena consciência que umas vezes eu escolho responsabilizar-me, que sigo sugestões e que não deixo que as aparências me iludam; escolho estar bem.
Outras escolho
reclamar, responsabilizar os outros e quero ter razão; escolho estar mal.
Basta observar com um pouco de atenção até que ponto aquilo que estou a sentir está ou não está a influenciar aquilo que eu estou a viver.
Perguntar-me até
que ponto aquilo que me está a ser apresentado não é um reflexo de mim, ou melhor,
um reflexo de um medo, de uma crença ou de algo que eu realmente estou a
procurar.
Nos momentos em que as coisas acontecem posso escolher como agir. Posso escolher fazer do que acontece o melhor que me podia acontecer ou pelo contrário fazer uma “tempestade num copo de água” e transformar isso numa crise.
Algo que eu me pergunto diariamente é: Qual é o mundo que eu escolho criar?
Quero ter razão? Ou
quero ser feliz?
Quero entregar-me
à mudança ou quero continuar agarrada àquilo que me faz mal?
Escolho responsabilizar-me pelo mundo em que vivo?
Março, o mês em que se inicia a primavera. As flores começam a desabrochar, os pássaros ouvem-se cantar com mais alegria; começa um novo ciclo.
Desde 2013 que todos os anos são sinónimo de mudança e o mês de março representa um grande marco no que toca a metamorfoses e transformações.
De entre tudo o que aconteceu durante estes 31 dias, deixo 3 lições que aprendi em março:
Tudo acontece no momento certo: por muitas voltas que dê, por muito que tente manipular e por muito que eu aja de maneira a que todo o fluxo fique bloqueado; as coisas vão acontecer no momento certo. Quando eu estiver pronta tudo se encaixará e irei ter aquilo que eu preciso, no momento certo.
Entregar-me plenamente ao que faço: para que possa sentir satisfação naquilo que faço e para que os resultados que eu receba sejam sempre os melhores possíveis tenho que me entregar plenamente àquilo que faço, sem medo e dúvidas e principalmente sem apego nem expectativas em relação àquilo que possa vir no futuro, fruto das ações de hoje.
Se não me sentir bem, nada vai estar bem: por muitas voltas que dê, por muito que procure fora de mim, se eu não me sentir bem comigo mesma, não me poderei sentir bem com nada e nada estará bem à minha volta.
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